Esta semana, alguns jornais trazem a notícia sobre a redução da mortalidade infantil, no Estado de São Paulo, que "atingiu o menor nível já registrado na história". O anúncio oficial foi feito pelo governador Serra.
Já é uma tradição que governantes de todas as cores e tipos anunciem a redução na mortalidade infantil como uma de suas "obras", quando bem sabemos que isso costuma acontecer apesar deles.
Separei neste arquivo, os dados referentes aos distritos administrativos de nossa Supervisão Butantã e é interessante observar, por exemplo, que o maior índice é no Butantã e o menor em Raposo Tavares, quando esperaríamos o inverso, considerando outros indicadores sócio-econômicos. Também chama a atenção o índice bastante baixo de mortalidade pós-neonatal em raposo tavares.
É certo que os índices dos anos anteriores indicam que 2006 é um ano atípico para o Butantã e, de resto, há sempre o problema dos pequenos números, que recomenda cautela nas análises.
Mas, mais do que comemorações fúteis, deveríamos nos preocupar com cada uma destas dezenas de crianças que ainda morrem por causas injustificáveis na maior metrópole do país, no século XXI.
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3 comentários:
Rubens,concordo com você!
E acredito que a Medicina Preventiva e Social pode fazer muito para esclarecer melhor esse cenário.
Por isso, quero compartilhar a mensagem que escrevi para uma pessoa que "FAZ ACONTECER".
"Eu vim de outra área: A Terapia Intensiva.
E agora estou na Atenção Primária.
Essa mudança tão radical se justifica por um ideal: Contribuir com as medidas de prevenção de agravos e promoção da saúde das pessoas para que elas não precisem chegar até um leito de UTI.
Um dia todos nós vamos morrer, faz parte da vida.
Mas o desespero das famílias e a impotência da Medicina diante de tantas mortes precoces e evitáveis é um fator mobilizador muito forte.
Além disso, não tem vaga de UTI para todos que precisam.
Eu era muito boa no que fazia.
Mas optei por uma nova área tentando atingir maiores resultados, abrangendo o coletivo.
Resolvi fazer essa viagem em busca de um conhecimento novo para concretizar meu ideal.
E você é importante nessa viagem.
Pense nas tantas vezes que pedi a sua opinião.
Você pode dar mais sentido em tudo isso."
Rubens,
Lembra o que escrevi para dizer "Quem sou eu"?
Para lembrar, vou reescrever nesse novo comentário, pois, creio se encaixar perfeitamente no comentário anterior.
"Talvez, conforme uma querida amiga sugeriu, eu seja uma dessas pessoas que gostam de olhar, ler, sentir, criar... inspirando-me nas diversidades das vidas.
São tantos os caminhoa que o ser humano percorre procurando ser feliz, são tantas as mudanças na vida, desejos íntimos que se transformam, transformações muitas vezes contraditórias. Fico imaginando o quanto mudei e o quanto ainda preciso mudar. a vida nos ensina. Quem sou eu? eu sou uma eterna aprendiz da vida.
Também acrescentei: Quem sou eu? mulher paraense, mãe de um casal de filhos, avó pela primeira vez, viúva de gaúcho, médica por vocação (pediatra/neonatologista e Sanitarista)"
Acho que foi mais ou menos isso que eu escrevi, não foi?
E a seguinte pergunta se encaixa também nesse assunto:
- Já notou que a felicidade geralmente se relaciona com a sensação de que você está fazendo algo que realmente vale a pena?
Rubens,
Vou estrear em um blog aqui mesmo. E lançar uma hipótese (embora os pequenos números requeiram realmente cautela, a "tendência" dos últimos três anos é atraente): será que o PSF está tendo um papel na baixa da mortalidade do distrito Raposo?
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