quarta-feira, 23 de junho de 2010

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Parabéns! Aniversariantes do mês de Junho

JAQUELINE 02.06
VALDENE 03.06
ZEZE 03.06
BONI 05.06
DULCE 07.06
DIVA 11.06
NOEME 12.06
MIRIAM 18.06
JÔ 22.06
JOANA 24.06
JÚLIO 29.06
FÁTIMA 30.06

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Seminários de atenção primária CSE – SUS: Modelos de gestão e suas implicações

Discutidores

Jorge Kaiano – Instituto de Saúde e Instituto Polis

Luis Ceccílio – UNIFESP

Artur Chioro – Secretário de Saúde de São Bernardo

 
 

A idéia do debate foi trazer contribuições para a compreensão dos diferentes modelos de gestão para os serviços públicos de saúde.

Kaiano trouxe para a reflexão uma apresentação sobre as bases conceituais para a compreensão do modelo de gestão das Organizações Sociais de Saúde, trazendo uma perspectiva histórica acerca do surgimento deste. Relembrou a lei de 1998 que passou a permitir que os gestores "qualifiquem" organizações privadas para se transformarem em organizações sociais e desenvolverem ações públicas no lugar do Estado, principalmente em áreas relacionadas ao meio ambiente, ciência, tecnologia, cultura e saúde. Lembrou ainda que o Conselho Nacional de Saúde vem se preocupando com essa questão e formou um grupo de trabalho para realizar um levantamento das Organizações Sociais no Brasil. Segundo o palestrante, São Paulo foi o estado em que este modelo foi mais disseminado.

Artur Chioro relatou a experiência da Secretaria de Saúde de São Bernardo, que tem trabalhado com o modelo de Fundações Estatais; apresentou também características de diferentes modelos de gestão pública, defendendo que embora não haja uma panacéia que venha a resolver todos os problemas de gestão, há que se pensar outras maneiras que não a administração direta, que para ele não funciona.

Com uma reflexão crítica a respeito das novas propostas de gestão dos serviços públicos de saúde, Luiz Cecílio abordou o problema do contratualismo na saúde, destacando que esse campo de trabalho vai além de uma perspectiva gerencialista e funcionalista. Além disso, alertou sobre o risco de se emprestar métodos da gestão privada para a saúde pública.

A justificativa corrente para as mudanças nos modelos de gestão se relacionam à busca por melhorias e agilidades administrativas, que, segundo seus defensores, não seriam propiciados pela administração direta. No entanto, tal como lembrado por Kaiano, os principais opositores desses modelos, como, por exemplo, os das organizações sociais, são os próprios trabalhadores de saúde.

No debate em que estavam presentes 66 pessoas no CSE e diversos participantes virtuais, a advertência que Kaiano trouxe no início mostrou-se presente: falar de OSS e de novos modelos de gestão é algo difícil de ser feito e frequentemente vem acompanhado de um posicionamento "apaixonado" a favor ou contra um ou outro modelo.

No entanto, para construir posicionamentos mais fundamentados, o debate promovido pelo CSE colaborou para ampliar conhecimentos e informações. Parabéns a todos os envolvidos na organização do evento!

Carolinas (Azevedo e Ramalho) Aprimorandas em Saúde Coletiva CSE

quarta-feira, 19 de maio de 2010

CONSELHO POPULAR DE SAÚDE

No dia 05.05.10 realizou-se a reunião do Conselho Popular de Saúde. Estiveram presentes:

Cícero Marques – usuário do serviço
Carolina – aprimoranda em saúde coletiva
Luiz Takayoshi – representante da Associação São Domingos e Adjacências e do Conselho da Rádio Comunitária de São Domingos
Luci Fretes – suplente no Conselho Diretor do CSEB representando a população usuária e também Representante e Coordenadora da Rádio Comunitária de São Domingos/Associação Cidadã
Marcos Paulo – membro do Conselho Diretor do CSEB representando a população usuária do serviço
Kátia Soraia – Agente Comunitária de Saúde do CSEB
Eliana Mendes – Auxiliar de Enfermagem do CSEB e represente dos funcionários no Conselho Diretor do CSEB
Beatriz Pereira – Educadora do CSEB
Maria José – Assistente Social do CSEB

A reunião iniciou-se com informes sobre vários assuntos:
· marcada reunião sobre o convênio do CSEB e Prefeitura
· Jamil Murad novo presidente da saúde na Câmara Municipal
· Reforma do CSEB, assinatura de contrato para inicio das obras
· Na reunião do Conselho diretor houve proposta de contratação de médicos em caráter de emergência. Abertura de novas vagas em 2011
· Saída do ACS Evermando
· Reunião para discutir a Associação dos moradores da comunidade São Remo, compareceram em torno de 50 pessoas interessadas. Próxima reunião em 14/05/10.
· Informes sobre alguns impasses políticos na organização da Associação de Moradores de São Domingos

Sobre a Caixa de Sugestões/Reclamações:
- Definir data de retirada
-colocar caixa de sugestões/reclamações em todos os setores

Luci solicita que seja apresentado demanda de serviços e o nº de profissionais, ex: demanda por consulta médicas e o nº de profissionais médicos existentes. Reclama da falta de informação para os usuários, não há um local de referência, como um balcão de informações. Eliana falou da proposta do “Posso lhe ajudar?”. Kátia sugeriu que esta proposta deve ser encampada pelo serviço de forma perene, pois o projeto com alunos pode ser passageiro. Bia informou que há um profissional do serviço sendo treinado para este fim. Foi ratificada a necessidade de intensificar a proposta do “Posso lhe ajudar?”

Propostas:

Na próxima reunião apresentar ao Conselho Popular de saúde a forma de funcionamento dos vários setores CSEB.
Sr. Luis agendará reunião com Dra Maria Helena para discutir a disponibilidade de horário do Dr Alex para o CSEB
Discutir na próxima reunião mudança do dia da Reunião do Conselho Popular de Saúde

terça-feira, 18 de maio de 2010

Dia 18 de Maio - Dia Nacional da Luta Antimanicomial

Dia 18 de maio é dia de comemorar o Dia Nacional de Luta Antimanicomial. O movimento contra os manicômios surgiu no final da década de 1980 para se contrapor ao modelo de assistência à saúde mental por meio da institucionalização em manicômios, locais que servem mais como depósito para segregar os ditos loucos do que para ajudá-los a lidar com o seu sofrimento psíquico. No Brasil, há séculos o tratamento dispensado a essas pessoas é um tratamento que humilha e degrada: é o isolamento social e a redução do ser humano a um nada social, a um ser imprestável e inservível.
Hoje é o dia mostrar que a loucura pode e deve ter o seu lugar no mundo, que as subjetividades individuais contribuem na construção do todo social e que a aceitação das diferenças, sejam elas de que níveis forem, faz parte do ideal de democracia e da esperança de um outro mundo possível. Dia 18 de maio é dia de reafirmar o compromisso com a causa antimanicomial, é o dia de reafirmar que não queremos mais hospícios em nosso país.
Abaixo divulgo o texto produzida pelos organizadores da Semana de Luta Antimanicomial de SP (CRP, SINDICATO DOS PSICÓLOGOS, SINDISAÚDE, ASSOCIAÇÃO VIDA EM AÇÃO, ABRASME, FÓRUM DA LUTA ANTIMANICOMIAL, REDE DE SAÚDE MENTAL E ECONOMIA SOLIDÁRIA).
Mais informações podem ser obtidas no site: http://saudeecosol.wordpress.com/
Um abraço a todas e todos que contribuem e fazem parte dessa luta!!!


Sim sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz
Eu sou feliz (Trecho da música Balada do louco - Mutantes)


Semana da Luta Antimanicomial: Saúde Mental um Direito de Todos!
A Semana da Luta Antimanicomial deste ano busca reforçar junto à sociedade o reconhecimento da Saúde Mental como um direito de todos!
O Sistema Único de Saúde é resultado de um grande processo de mobilização de amplos setores da sociedade civil. É por meio das conquistas feitas por essa luta que hoje podemos afirmar que a Saúde é um direito de todos os cidadãos e que o Estado Brasileiro tem o dever de garantir uma assistência territorializada, em rede, e efetivamente gerida por este.
São princípios do SUS o acesso universal público e gratuito às ações e serviços de saúde; a integralidade das ações, num conjunto articulado e contínuo em todos os níveis de complexidade do sistema; a eqüidade da oferta de serviços, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. A Rede Brasileira de Atenção à Saúde Mental é parte integrante deste Sistema, e, portanto, deve estar regulada e organizada em todo o território nacional, em suas ações e serviços de saúde, segundo seus princípios. A história da criação desta Rede, na área de Saúde Mental, também tem como base a mobilização da sociedade civil - familiares, usuários, profissionais organizados no Movimento brasileiro da Luta Antimanicomial.
Uma importante vitória desta luta foi a aprovação da Lei 10.216, propondo a extinção progressiva dos manicômios. Acompanhando esse processo, a Saúde Mental conquistou diversas políticas públicas, como a criação dos CAPS, o Programa de Volta para Casa e as Residências Terapêuticas só para citar alguns exemplos. Assim, foi se constituindo uma Rede de Atenção de base comunitária, substitutiva ao modelo hospitalocêntrico. Apear disso, o Censo Psicossocial do Estado de São Paulo, executado pela Secretaria do Estado de Saúde mapeou os moradores em hospitais psiquiátricos e apontou a existência de 6542 moradores (moradores são aqueles que vivem dentro da estrutura hospitalar há mais de dois anos), nesse sentido a Semana da Luta Antimanicomail reivindica: Por uma sociedade sem moradores em manicômios!
Infelizmente, essas conquistas do SUS e da Reforma Psiquiátrica, mesmo sendo referência internacional, vem sofrendo um conjunto de ataques dos setores que vêm a saúde não como um Direito inalienável do cidadão, mas sim, como um nicho de mercado. Um exemplo disso é a ampliação do em todo o país a gestão dos serviços públicos através de Organizações Sociais (O.S.). A Saúde é o campo onde mais intensamente as O.S.’s vem substituindo a gestão pública.
Quem acredita e luta por ações antimanicomias acredita que não se faz construção igualitária com a delegação da responsabilidade que é do Estado, para as Organizações Sociais, deliberando total autonomia para a prestação do serviço e saúde, podendo por em risco os princípios conquistados por meio das lutas populares.
Esse processo de terceirização das responsabilidades do setor público para o setor privado, vem causando, a quebra dos processos de implementação do SUS e da Reforma Psiquiátrica. Uma gestão não pautada pelas ações em Rede, pela co-responsabilidade, pela ampliação de serviços de inserção comunitária (educação, trabalho e habitação) e de caráter privado (diminuindo consideravelmente o controle social sobre recursos, procedimentos e prioridades do serviços) denuncia este risco.
As conquistas estão postas. Entretanto estamos falando da contínua luta, tanto na macro política, quanto nas ações cotidianas, de enfrentamento da cultura manicomial, excludente e que faz sofrer, e em defesa dos direitos que estão garantidos em lei e que precisam ser assimilados como imperativos pelas gestão pública, pelos serviços e pela população em geral.

domingo, 16 de maio de 2010

PARABÉNS, MAJO!15 de maio-Dia do Assistente Social

PARABÉNS! MAJO

Um pouquinho da origem desta importantíssima profissão para a sociedade:

O mês de maio traz data muito especial para os Assistentes Sociais: o dia 15, quando se comemora o seu dia 15, quando se comemora o seu dia e marca a profissão desde o seu nascimento. Em 15 de maio de 1891, o Papa Leão XIII publicava a Encíclica "Rerum Novarum", apresentando ao mundo católico os fundamentos e as diretrizes da Doutrina Social da Igreja. Era a primeira Encíclica Social já escrita por um Papa e, arcava o posicionamento da Igreja frente aos Graves problemas sociais que dominavam as sociedades européias. Para os assistentes sociais europeus, a Encíclica publicada naquele dia 15 de maio, trazia um conteúdo muito especial. Atônitos frente à complexidade dos problemas existentes e teoricamente fragilizados em conseqüência de sua formação ainda bastante precária, aqueles profissionais assumiam o documento e os ensinamentos ali contidos, como base fundamental de seu trabalho. E desse modo se aproximavam cada vez mais da Igreja Católica européia que. por sua vez, assumia progressivamente a sua liderança sobre o enfoque das práticas sociais daqueles profissionais.
No Brasil, o Serviço Social foi criado em 1936, a partir das iniciativas dos grandes líderes da Igreja Católica no País, inspirados na Doutrina Social da Igreja então enriquecida por uma nova Encíclica Social: a "Quadragésimo Ano" redigida pelo Papa Pio XI e publicada no dia 15 de maio de 1931 em comemoração aos quarenta anos da Rerum Novarum. E, desse modo, gestada no seio da prática da "Ação Social Católica", ou simplesmente "Ação Católica" - no Brasil a profissão cresceu sob a liderança da Igreja e, até o início dos anos 60, recebeu a influência direta e decisiva da sua "Doutrina Social".

sexta-feira, 14 de maio de 2010

13 de Maio – Dia da Abolição Inacabada

"(...) a condição inicialmente escrava dos primeiros (negros) e as conseqüências sócio-históricas a ela vinculadas contribuíram para acentuar a diferença que fundamenta a discriminação, mas o complexo processo de miscigenação aqui efetivado teceu o véu que pretende disfarçar o preconceito e que precisa ser permanentemente denunciado(...)” (Proença Filho, 1975)


Neste aniversário de 122 anos da abolição formal da escravidão de negras e negros africanos e seus descendentes, percebemos o quanto esta população ainda permanece violentada em seus direitos e vitimada pelas injustiças sociais. A Lei Áurea foi assinada, mas as seqüelas das mentalidades senhoriais e escravistas em nossa sociedade ainda estão vivas, continuam pulsantes e adquiriram novas formas e nuances.
O IBGE confirma que negras e negros, jovens e mulheres são mais prejudicados com as demissões, fruto da crise financeira mundial. Segundo o Ipea, negras e negros ganham menos, trabalham mais e em piores ocupações. São a maior parte entre os sem carteira assinada e são a maioria em serviços domésticos, agricultura e construção civil. Incluem-se mais cedo no mercado de trabalho e saem mais tarde. Crianças negras são as maiores vítimas do trabalho infantil. Mulheres negras são as que mais sofrem com a violência doméstica e sexual e a juventude negra continua sendo alvo preferencial das polícias militares e civis.
Segundo os dados do Atlas Racial Brasileiro, divulgados pelo PNUD, em 2004, 65% dos pobres e 70% dos indigentes brasileiros são negros. A pesquisa mostra ainda que, apesar de uma queda nos números de mortalidade infantil, as taxas entre os filhos de mulheres negras são 66% acima das registradas entre os de mulheres brancas. É inegável que a pobreza e a exclusão neste país que se orgulha de proclamar sua igualdade racial e a democracia multiétnica têm cor e raça. Somos nós, negras e negros e todos os afro-descendentes desse enorme país, que ainda nos constituímos na grande maioria oprimida, excluída e marginalizada.
A área da saúde também explicita essas diferenças. Os indicadores de saúde no Brasil sugerem que existe uma grande diferença entre brancos e negros no acesso a cuidados médicos. Enquanto a população branca vive, em média, até os 71 anos, a negra morre aos 66 anos. Na mortalidade infantil, o quadro é semelhante. De cada mil bebês brancos, cerca de 23 morrem antes de completar 1 ano. Já entre os negros, esse número sobe para 38. Os dados são do Censo 2000, do IBGE. A diferença entre os indicadores reflete em grande parte as “dificuldades de acesso aos serviços de saúde, o diagnóstico tardio, a baixa qualidade da atenção oferecida, tratamento inexistente, inadequado e/ou ineficiente para a população negra”.
Negra/os e brancas/os pobres pertencem a uma só classe: a classe trabalhadora. No entanto, sofrem de maneira diferente as contradições desse sistema, seja por via do racismo, do machismo ou da exploração econômica.
Ao mesmo tempo percebe-se a resistência cada vez maior das forças conservadoras e racistas em impedir avanços de direitos da população negra. Em São Paulo o próprio ex-governador José Serra já explicitou seu posicionamento contrário às políticas públicas para negras e negros.
A libertação trouxe poucas alterações para as populações negras do país. A libertação das senzalas significou um novo confinamento, dessa vez nas favelas, onde ainda hoje os negros morrem indistintamente, acusados de forma banal de liderarem o tráfico de drogas ou simplesmente alvos de balas perdidas, vítimas sociais de uma violência que pouca atenção recebe por parte dos poderes constituídos. Por isso, a abolição é inacabada, jamais foi completada, e tanto o Estado Nacional do Brasil, quanto a sua sociedade, jamais elaboraram qualquer projeto que tivesse por objetivo minimizar os males de mais de três séculos de escravidão.
A luta contra o racismo deve ser permanente e militante. Sabemos que o racismo serve como ferramenta de manutenção da concentração de renda e do poder. Lembremos as palavras de Malcon-X: “Enquanto houver capitalismo haverá racismo”. Nessa luta, é importante a construção de novos aliados, até porque essa não é uma luta exclusiva dos afro-brasileiros, mas de todos aqueles que sonham com um mundo onde a origem étnica, religiosa ou social não seja usada para a negação de direitos fundamentais a qualquer ser humano como é a educação, a saúde ou o trabalho.
Caminhemos e lutemos todas e todos juntos, ensinando desde já os nossos filhos e filhas, a construir um outro mundo possível, um mundo solidário, fraterno e justo, livre de injustiças, preconceitos e opressões de quaisquer tipo.
Um grande abraço!!!

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." NELSON MANDELA


Paulinha